Em sua cerimônia de posse, o novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, defendeu nesta quinta-feira (14) como "necessária" para o país a prática de preços de mercado de combustíveis, alvo de críticas na oposição e no próprio governo.
|
Foto: Jefferson Rudy/Ag. Senado |
Em reunião nesta quinta, o conselho de administração da empresa aprovou a nomeação de Coelho à presidência da estatal, para substituir o general Joaquim Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) após o mega-aumento nos preços dos combustíveis, em março.
"A prática de preços de mercado é condição necessária para criação de um ambiente de negócios competitivos, para a atração de investimentos, para ampliação da infraestrutura do país e para a garantia do abastecimento", afirmou.
Em discurso que reforça declarações já dadas quando era integrante do governo, Coelho argumentou que a prática de preços de mercado melhora a competição no setor, "com benefícios para o consumidor"." É importante ressaltar que, embora sejamos autossuficientes e exportadores de petróleo, somos importadores de vários combustíveis, o que impõe aos agentes de mercado e ao governo federal grandes desafios para a garantia ao abastecimento", afirmou. Ele deu um tom de continuidade em relação à estratégia adotada pela companhia nos últimos anos, defendendo a venda de ativos em refino e gás natural e o foco dos investimentos na exploração e produção do pré-sal. Afirmou, por exemplo, que a Petrobras manterá a estratégia de focar suas operações de refino em regiões próximas da produção de petróleo e dos maiores mercados consumidores. A estratégia atual prevê que a empresa fique apenas com as refinarias instaladas na região Sudeste. E repetiu argumentos que vinham sendo usados por seu antecessor, ao defender que fortalecer as finanças da Petrobras traz ganhos para o país sob a forma de impostos e participações governamentais pagos sobre a produção de petróleo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário